Os pais não se importam. Você trabalha em um bairro difícil. Você não recebe apoio algum da administração.
Seus alunos não têm nenhuma responsabilidade ou limite em casa. O Pedro,
a Carla ou o Antônio estão na sua turma esse ano (e toda a escola sabe
como eles causam problemas)!
Você é “só” o professor substituto. A sua classe tem crianças demais. E a sala de aula é muito pequena.
Você tem crianças que falam demais, alunos que desafiam, outros com
dificuldades de atenção. Há aquelas duas crianças que – você tem certeza
– nenhum professor do mundo vai conseguir controlar, quanto mais
educar.
Os obstáculos que você enxerga interferindo no sucesso de suas aulas
podem parecer muito reais. Podem ser assustadores. Podem até mesmo
parecer intransponíveis. Eles parecem ser razões perfeitamente válidas
para não atingir a qualidade de ensino que você gostaria.
Mas isso não é verdade.
É claro que eles existem.
Porém, de forma alguma, eles devem ser bloqueios para uma aula
incrível. Não são barreiras para um comportamento adequado, nem podem
impedi-lo de transformar suas crianças em uma turma maravilhosa.
A não ser, é claro, que você acredite que sim. A não ser que você caia
na tentação de culpar as circunstâncias externas, de apontar dedos para
os outros, de jogas as mãos ao alto e concluir que “não havia nada que
eu pudesse fazer” para superá-los.
Veja bem, o pior erro que você pode cometer enquanto professor – um
professor que cuida e se preocupa – é criar desculpas para uma aula
insatisfatória.
Sim,
as dificuldades existem (e, às vezes, são muitas), mas o professor
sempre tem a possibilidade de transformar a vida das crianças e superar
adversidades (foto: The Harbinger)
Porque, assim que você começa a fazer isso, assim que você começa a
procurar para além de si mesmo para justificar porque seus alunos são
como eles são, você subestima sua capacidade de transformar qualquer
coisa.
Subconscientemente, o professor declara que não tem jeito, eles são
assim mesmo, fim. E, inevitavelmente, seu comportamento e suas atitudes
comunicam às crianças que você já desistiu delas. Elas sabem – cada uma
delas, em sua turma, percebe quando o professor entregou os pontos. Não
importa o quanto você tente, não há como esconder.
Assumir responsabilidade por tudo o que acontece em sua sala de aula,
por outro lado, é um ato de profundo empoderamento. É como um maremoto
que vai inundá-lo com uma reserva infinita de confiança, liderança e
habilidade para acessar a turma.
Você vai se sentir diferente – e vai agir diferente. E isso transparece, também é algo que não se pode esconder.
Infelizmente, enumerar desculpas e mais desculpas para porque sua classe
é incontrolável ou porque aquela criança não se comporta ou uma outra
não consegue aprender parece epidêmico entre professores. Em muitas
escolas, é comum ouvir professores buscando apoio para suas
justificativas, procurando alguém que concorde com suas conclusões para
isentá-los de responsabilidade.
Ouvimos queixas sobre salas de aula lotadas, desrespeito descarado e
pouquíssimo suporte da coordenação ou administração escolar. Sem dúvida,
esses fatores existem – mas não são insuperáveis, de maneira alguma! Na
verdade, ainda não encontramos uma única situação difícil enfrentada
pelo professor que não pudesse ser drasticamente melhorada.
A verdade é que você pode atingir a experiência de ensino que deseja. É possível se sentir energizado e satisfeito ao invés de desmoralizado ao final do dia.
Você realmente pode ser aquele professor especial do qual seus alunos
vão lembrar para sempre, aquele que acreditou que eles eram mais do que
as más opiniões alheias, mais do que seu passado, mais do que o ambiente
em que cresceram. Mais do que um punhado de desculpas.
Não importa aonde você trabalha, quem entrou na sua classe esse ano ou
se sua coordenadora nunca deu um passo para dentro da sala de aula. Você
consegue. Você pode ter a turma que sempre quis. E você pode continuar
amando sua profissão.
Contudo, você não deve, nunca, desistir ou recuar. Nunca decida o futuro
de uma criança por causa do lugar aonde ela é criada, quem são seus
pais ou mesmo o quão terrível é o comportamento dela naquele momento.
Nunca, nunca, nunca.
Ao invés disso, decida que cada criança com a qual você tiver contato
tem a possibilidade de aprender. Todas elas podem se comportar. Cada uma
delas pode amar a escola.
Você será a pessoa certa, na hora certa e no lugar certo para mostrar a elas que é possível.
Conteúdo tirado do site:
Os pais não se importam. Você trabalha em um bairro difícil. Você não recebe apoio algum da administração.
Seus alunos não têm nenhuma responsabilidade ou limite em casa. O Pedro,
a Carla ou o Antônio estão na sua turma esse ano (e toda a escola sabe
como eles causam problemas)!
Você é “só” o professor substituto. A sua classe tem crianças demais. E a sala de aula é muito pequena.
Você tem crianças que falam demais, alunos que desafiam, outros com
dificuldades de atenção. Há aquelas duas crianças que – você tem certeza
– nenhum professor do mundo vai conseguir controlar, quanto mais
educar.
Os obstáculos que você enxerga interferindo no sucesso de suas aulas
podem parecer muito reais. Podem ser assustadores. Podem até mesmo
parecer intransponíveis. Eles parecem ser razões perfeitamente válidas
para não atingir a qualidade de ensino que você gostaria.
Mas isso não é verdade.
É claro que eles existem.
Porém, de forma alguma, eles devem ser bloqueios para uma aula
incrível. Não são barreiras para um comportamento adequado, nem podem
impedi-lo de transformar suas crianças em uma turma maravilhosa.
A não ser, é claro, que você acredite que sim. A não ser que você caia
na tentação de culpar as circunstâncias externas, de apontar dedos para
os outros, de jogas as mãos ao alto e concluir que “não havia nada que
eu pudesse fazer” para superá-los.
Veja bem, o pior erro que você pode cometer enquanto professor – um
professor que cuida e se preocupa – é criar desculpas para uma aula
insatisfatória.
Sim,
as dificuldades existem (e, às vezes, são muitas), mas o professor
sempre tem a possibilidade de transformar a vida das crianças e superar
adversidades (foto: The Harbinger)
Porque, assim que você começa a fazer isso, assim que você começa a
procurar para além de si mesmo para justificar porque seus alunos são
como eles são, você subestima sua capacidade de transformar qualquer
coisa.
Subconscientemente, o professor declara que não tem jeito, eles são
assim mesmo, fim. E, inevitavelmente, seu comportamento e suas atitudes
comunicam às crianças que você já desistiu delas. Elas sabem – cada uma
delas, em sua turma, percebe quando o professor entregou os pontos. Não
importa o quanto você tente, não há como esconder.
Assumir responsabilidade por tudo o que acontece em sua sala de aula,
por outro lado, é um ato de profundo empoderamento. É como um maremoto
que vai inundá-lo com uma reserva infinita de confiança, liderança e
habilidade para acessar a turma.
Você vai se sentir diferente – e vai agir diferente. E isso transparece, também é algo que não se pode esconder.
Infelizmente, enumerar desculpas e mais desculpas para porque sua classe
é incontrolável ou porque aquela criança não se comporta ou uma outra
não consegue aprender parece epidêmico entre professores. Em muitas
escolas, é comum ouvir professores buscando apoio para suas
justificativas, procurando alguém que concorde com suas conclusões para
isentá-los de responsabilidade.
Ouvimos queixas sobre salas de aula lotadas, desrespeito descarado e
pouquíssimo suporte da coordenação ou administração escolar. Sem dúvida,
esses fatores existem – mas não são insuperáveis, de maneira alguma! Na
verdade, ainda não encontramos uma única situação difícil enfrentada
pelo professor que não pudesse ser drasticamente melhorada.
A verdade é que você pode atingir a experiência de ensino que deseja. É possível se sentir energizado e satisfeito ao invés de desmoralizado ao final do dia.
Você realmente pode ser aquele professor especial do qual seus alunos
vão lembrar para sempre, aquele que acreditou que eles eram mais do que
as más opiniões alheias, mais do que seu passado, mais do que o ambiente
em que cresceram. Mais do que um punhado de desculpas.
Não importa aonde você trabalha, quem entrou na sua classe esse ano ou
se sua coordenadora nunca deu um passo para dentro da sala de aula. Você
consegue. Você pode ter a turma que sempre quis. E você pode continuar
amando sua profissão.
Contudo, você não deve, nunca, desistir ou recuar. Nunca decida o futuro
de uma criança por causa do lugar aonde ela é criada, quem são seus
pais ou mesmo o quão terrível é o comportamento dela naquele momento.
Nunca, nunca, nunca.
Ao invés disso, decida que cada criança com a qual você tiver contato
tem a possibilidade de aprender. Todas elas podem se comportar. Cada uma
delas pode amar a escola.
Você será a pessoa certa, na hora certa e no lugar certo para mostrar a elas que é possível.
Conteúdo tirado do site:
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