Ocorreu em um dia caloroso de março, que o vento do leste, sem se dar
conta, levava em seu abrigo de vento um pequeno homenzinho consigo. Sua
madeixa era vermelha como o fogo e sua barba também. Levava um
casaquinho de mil cores. os gnomos e os elfos o chamavam o Homenzinho do
Outono. Ninguém sabia de onde vinha, mas a aparição do homenzinho
desencadeava sempre grandes preparativos de viagem. Para sua chegada,
todos se preparavam para ir ao interior da terra.
Era divertido observar o Homenzinho do Outono, agarrado às dobras do
abrigo do vento. Olhava com olhinhos alegres e negros a seu redor.
Quando o vento do leste passava por cima de uma amoreira silvestre, o
Homenzinho deu um pulo e saltou em cima de uma folha de amoreira.
Suavemente a acariciou com seus pequeníssimos dedos toscos e,
lentamente, o verde se transformou em um vermelho profundo. Ao lado do
arbusto estava uma lagartixa tomando sol e, de prazer, à maneira das
lagartixas, riu vendo a maravilhosa mudança, e a amoreira mesma pareceu
desfrutar da pintura encantadora do Homenzinho do Outono porque alargou
seus ramos às mãozinhas toscas do ser multicor.
Logo brilharam muitos ramos de vermelho profundo; algumas só tinham
pontinhos e manchas amarelas no verde das folhas, mas isso não bastava
para o Homenzinho. Agilmente, saltou a uma árvore que crescia ao lado da
amoreira em uma pendente. O Homenzinho tocava folha a folha e
transformava a cor das folhas em amarelo reluzente. Toda a árvore se
alegrou de seu novo esplendor e os raios do sol bailaram entre os ramos e
iluminaram a árvore de ouro. Assim, o Homenzinho pulou de arbusto em
arbusto, de árvore em árvore e transformou o bosque inteiro. Às vezes,
pulava no alto de uma árvore e o tingia de cor ouro. Às vezes,
sussurrava às folhas verdes:
– Virei mais tarde com vocês, não fiquem tristes.
As folhas se moviam com o vento, conheciam o Homenzinho e sabiam que iam
manter sua palavra. Assim, durante muitos dias ele se dedicou ao
divertido jogo.
De vez em quando, o outono olhava através das árvores e observava
sorridente a seu fiel ajudante. Mas, logo, chegou maio e trouxe consigo
as névoas, as chuvas e o frio. Desapareceu o esplendor. As folhas
marrons caíam no chão em silêncio. Todos os animais se esconderam em
suas casas e esconderijos secretos. Os pássaros se ocultaram em seus
ninhos. Ontem, ainda, um velho corvo tinha visto o Homenzinho do Outono –
mas hoje havia desaparecido. Onde havia ido? Ninguém sabe. Entretanto,
no próximo ano virá de novo.
* Conto presente no livro “Contos infantis para o jardim de infância”.
Ocorreu em um dia caloroso de março, que o vento do leste, sem se dar
conta, levava em seu abrigo de vento um pequeno homenzinho consigo. Sua
madeixa era vermelha como o fogo e sua barba também. Levava um
casaquinho de mil cores. os gnomos e os elfos o chamavam o Homenzinho do
Outono. Ninguém sabia de onde vinha, mas a aparição do homenzinho
desencadeava sempre grandes preparativos de viagem. Para sua chegada,
todos se preparavam para ir ao interior da terra.
Era divertido observar o Homenzinho do Outono, agarrado às dobras do
abrigo do vento. Olhava com olhinhos alegres e negros a seu redor.
Quando o vento do leste passava por cima de uma amoreira silvestre, o
Homenzinho deu um pulo e saltou em cima de uma folha de amoreira.
Suavemente a acariciou com seus pequeníssimos dedos toscos e,
lentamente, o verde se transformou em um vermelho profundo. Ao lado do
arbusto estava uma lagartixa tomando sol e, de prazer, à maneira das
lagartixas, riu vendo a maravilhosa mudança, e a amoreira mesma pareceu
desfrutar da pintura encantadora do Homenzinho do Outono porque alargou
seus ramos às mãozinhas toscas do ser multicor.
Logo brilharam muitos ramos de vermelho profundo; algumas só tinham
pontinhos e manchas amarelas no verde das folhas, mas isso não bastava
para o Homenzinho. Agilmente, saltou a uma árvore que crescia ao lado da
amoreira em uma pendente. O Homenzinho tocava folha a folha e
transformava a cor das folhas em amarelo reluzente. Toda a árvore se
alegrou de seu novo esplendor e os raios do sol bailaram entre os ramos e
iluminaram a árvore de ouro. Assim, o Homenzinho pulou de arbusto em
arbusto, de árvore em árvore e transformou o bosque inteiro. Às vezes,
pulava no alto de uma árvore e o tingia de cor ouro. Às vezes,
sussurrava às folhas verdes:
– Virei mais tarde com vocês, não fiquem tristes.
As folhas se moviam com o vento, conheciam o Homenzinho e sabiam que iam
manter sua palavra. Assim, durante muitos dias ele se dedicou ao
divertido jogo.
De vez em quando, o outono olhava através das árvores e observava
sorridente a seu fiel ajudante. Mas, logo, chegou maio e trouxe consigo
as névoas, as chuvas e o frio. Desapareceu o esplendor. As folhas
marrons caíam no chão em silêncio. Todos os animais se esconderam em
suas casas e esconderijos secretos. Os pássaros se ocultaram em seus
ninhos. Ontem, ainda, um velho corvo tinha visto o Homenzinho do Outono –
mas hoje havia desaparecido. Onde havia ido? Ninguém sabe. Entretanto,
no próximo ano virá de novo.
* Conto presente no livro “Contos infantis para o jardim de infância”.
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